sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O 4º-N Esmiúça os provérbios de S. Martinho

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Para comemorar o Dia de S. Martinho, realizámos uma pesquisa de provérbios populares sobre esta quadra.
Verificámos que muitos deles têm a ver com o fabrico do vinho.
Antes do nosso magusto, lemos os provérbios seleccionados, analisámos o seu significado e registámos tudo na nossa folha de trabalho.

Provérbio nº1 – “ Vindima em Outubro que S. Martinho to dirá”.
Significa que, iniciado o fabrico do vinho em Outubro, passado 1 mês será feita a sua primeira avaliação.



Provérbio nº2 – No Dia de S. Martinho, vai à adega e prova o teu vinho.
Significa o mesmo que o provérbio anterior.

Provérbio nº3 – “Pelo S. Martinho, lume, castanhas e vinho.”
Significa que o tempo arrefeceu. É a época das castanhas que custam a digerir e por isso, os adultos saudáveis podem acompanhá-las com vinho.


Provérbio nº 4 - “Por S. Martinho nem favas nem vinho”
Significa que, tal como não há favas no Outono, também ainda não se pode beber o vinho porque ainda não está pronto.


Provérbio nº 5 - No dia de S. Martinho, mata o teu porquinho e prova o teu vinho.
Significa que já está frio suficiente para conservar a carne e fazer o fumeiro.


Provérbio nº6 - Em Dia de S. Martinho, atesta e batoca o teu vinho.
Significa que a fermentação terminou, o vinho parou de “ferver” e, por isso, acaba-se de encher (atestar) a pipa com o mosto de reserva e rolha-se (abatoca-se) muito bem para não entrar ar.


Provérbio nº 7
- Quem bebe pelo S. Martinho faz de velho e de menino.
Significa que nesta época por vezes se bebe em excesso. Os ébrios têm dificuldade em andar, como um idoso, ou comportam-se irresponsavelmente, como uma criança pequena.

No final, concluímos que os provérbios que recolhemos parecem estar correctos.

Depois deste trabalho, surgiu-nos a questão:
De onde vêm os provérbios? Quem os inventou?

Individualmente e por escrito colocámos algumas hipóteses sobre a origem dos provérbios. Depois de as apresentarmos e debatermos, redigimos a seguinte conclusão:

Os provérbios nasceram da experiência de vida dos nossos antepassados. Sendo pequenas frases – algumas delas em rima – entram no ouvido e são fáceis de decorar. Assim, as gerações passadas aprenderam com a realidade a fazer as coisas correctamente e mesmo sem saberem ler nem escrever, conseguiram que esses conhecimentos chegassem até nós através da oralidade.


A professora contou que um dia, um cientista português de visita à Nasa viu um papel colado na parede que dizia:

"A Ciência é a capacidade de aprender com a experiência"

É isso que transmitem alguns dos nossos provérbios.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Aula com a Drª Susana Montenegro

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No âmbito da preparação da Semana da Ciência, que terá lugar daqui a um mês, veio à nossa escola a Drª Susana Montenegro, Nutricionista do Centro de Saúde da Figueira da Foz falar sobre o álcool e os problemas que o seu consumo pode causar. Como temos andado a fazer vinho, esta aula veio mesmo a calhar.

Começou por esta apresentação:


Aprendemos que as bebidas alcoólicas podem ser feitas por fermentação ou por destilação. As bebidas destiladas contêm muito mais álcool e não têm vantagens para a nossa alimentação.

Também nos disse que as crianças e jovens com menos de 18 anos NÃO PODEM consumir nenhum tipo de bebida alcoólica.

O seu fígado não está preparado para isso e todo o seu corpo sofrerá as consequências, principalmente o cérebro que morre um pouco de cada vez que se bebe.

Os adultos que não podem ingerir álcool são as grávidas e alguns doentes.

Ficámos a saber que o consumo do vinho só tem vantagens se for feito com moderação.

A quantidade que se pode beber depende da estatura e peso da pessoa.

Se for homem ou mulher também faz diferença.

De um modo geral, um adulto saudável do sexo masculino, pode beber um copo de vinho ao almoço e outro ao jantar.

Se for do sexo feminino terá que ser meio copo a cada refeição.

O vinho tinto faz melhor que o branco, mas ambos devem sempre acompanhar a comida e ser bebidos aos poucos de cada vez.

Se estas normas não forem respeitadas o consumo do álcool será um grande problema para quem bebe mas também para a sua família e para a sociedade em geral: faz mal à saúde, provoca acidentes, crimes e outros prejuízos graves.
Aprendemos como nos devemos comportar em relação às bebidas alcoólicas e que conselhos dar lá em casa aos adultos que podem beber.

No final, a Dr.ª Susana deu-nos uma ficha de avaliação sobre o tema da aula.


Nos gostámos muito desta aula.
Para que se lembre sempre de nós, oferecemos à nossa nutricionista uma planta com uma flor cor de vinho.

Obrigado Dr.ª Susana!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O Lagar na Sala de Aula - IV

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6ª Observação
Hoje, dia 28 de Novembro de 2009, observámos que já não se libertam bolhas de gás do tubo que sai da nossa”pipa”. Isto significa que terminou a fermentação.
Retirámos a tampa furada de onde saía o tubo e tapámos muito bem a garrafa com uma rolha nova, vedada com sebo para não entrar ar.
Com muito cuidado, levantámos a cartolina e vimos que as impurezas assentaram no fundo. Agora, o liquido está mais claro e transparente, embora não esteja completamente limpo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Inquérito: Os malefícios e benefícios do vinho

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Se tem mais de 18 anos e deseja colaborar no nosso inquérito, por favor indique
a sua idade , género e profissão.


Depois responda às seguintes questões:

1- Costuma beber vinho? Se sim em que ocasiões?
2– Considera que o consumo de vinho tem malefícios? Se sim, quais?
3– Considera que o consumo de vinho tem benefícios? Se sim, quais?


Agradecemos desde já a sua colaboração.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O Lagar na Sala de Aula - III

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4ª Observação
No Sábado, dia 11 de Outubro, viemos à escola medir o vinho com o pesa mosto. Deu uma densidade de 1015, por isso o vinho tinha que ser mudado para a nossa “pipa” – uma garrafa de plástico.

Observámos que a temperatura se mantinha nos 25º C e que a massa estava separada do líquido por uma camada de bolhinhas de ar.

Muda do vinho
Primeiro colocámos dentro da garrafa uma pitada de metabissulfito para que o vinho não se estrague.

Seguidamente, entornámos o líquido, com cuidado através de um coador e de um funil, para dentro da garrafa.

Depois, colocámos a massa na prensa e obtivemos mais algum líquido – vinho da repisa – e o bagaço – a massa espremida.


Num lagar a sério, poderia ser produzida aguardente a partir deste bagaço.

Por fim, rolhámos a garrafa. Da rolha sai um tubo que fica mergulhado em água num outro recipiente. Deste modo o anidrido carbónico pode continuar a sair sem que entre ar na garrafa.

5ª Observação
De regresso à semana de trabalho, os alunos que não assistiram à muda do vinho ouviram o relato e viram os registos de Sábado.
Aprendemos algum vocabulário respeitante ao fabrico do vinho como: pipa, dorna, lagar, cântaro, crivo, alambique, bagaço, repisa, funil, etc.


Vimos imagens de alguns destes objectos e identificámos neles sólidos geométricos que já tínhamos estudado: o funil é um cone, o lagar é um paralelepípedo, a prensa um cilindro…

Hoje, dia 14 de Outubro, registámos as seguintes observações da nossa produção de vinho:
Verificámos que se continuam a libertar bolhas de gás do tubo. Continua a fermentação. Na “pipa”, o líquido apresenta uma cor amarelada e opaca. No fundo do recipiente formou-se um depósito de pó fino que parece lama.
Para proteger o vinho da claridade, enrolámos a garrafa numa folha de cartolina preta.
O alexandre fez um cartaz pedindo às pessoas que não toquem nas garrafas para não turvar.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O Lagar na Sala de Aula - II

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Ora aqui estamos de novo para apresentar as novidades do nosso lagar.

Passado um dia do início da fermentação do sumo de uva, registámos o seguinte:

2ª Observação

O conteúdo da nossa “dorna” subiu 2,5cm.
As cascas e o engaço separaram-se do mosto que ficou na parte de baixo do recipiente.
De vez em quando a mistura borbulha com o gás que se liberta. Já começou a fermentação.
No pesa mosto, a densidade baixou para 1075, o que significa que há menos açúcar. A temperatura manteve-se nos 25º C.

Hoje, o 3º dia após o início do fabrico do vinho, foi este o nosso registo:

3ª Observação

A massa, composta pelas grainhas, o engaço e as cascas de uva, continua separada da parte líquida.
Quando se agita, soltam-se muitas bolhas que deverão ser de anidrido carbónico. Forma-se espuma à superfície, voltando a mistura ao nível inicial.
A densidade desceu para os 1050.
Já não cheira a doce, cheira a álcool.
Embora pareça que ferve, a temperatura continua nos 25ºC.


Quando a densidade descer aos 1020, o líquido será mudado para outro recipiente (pipa ou cuba) onde continuará a fermentação.

Estamos a achar este trabalho muito interessante!


Esperamos que também gostem e comentem o nosso blogue.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O Lagar na Sala de Aula - I

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O Outono é o tempo das vindimas. Assim, chegou à nossa escola um cheirinho desta tradição, num belo cesto de uvas.

Aproveitando a ocasião para trabalhar no nosso projecto, montámos na nossa sala de aula num pequeno lagar improvisado.

Já todos tínhamos visto e comido uvas muitas vezes, mas nunca tínhamos olhado para elas com atenção.


A primeira actividade que desenvolvemos foi a observação cuidada do fruto com que se faz o vinho.
A professora distribuiu a cada aluno um copinho contendo um bago de uva cortado do cacho. Depois de usar os sentidos e discutir as observações de cada um, elaborámos o seguinte registo:

Visão
O bago é de cor verde. Tem uma forma ovalada. É revestido por uma pele fina, coberta de pó branco. A polpa é verde e brilhante. Tem no seu interior uma ou duas grainhas castanhas em forma de gota.


Tacto
O bago é duro. A pele é lisa e macia. A polpa é gelatinosa e larga um sumo pegajoso.


Paladar
A polpa é muito doce, mas as grainhas são amargas
Seguidamente desenhámos a nossa uva e escrevemos a sua legenda.




Na segunda parte da aula aprendemos a fazer vinho.
Primeiro esmagámos as uvas com os pés. Era assim que se fazia antigamente e ainda se faz em muitos lugares.

Para dar o ritmo, costuma-se cantar enquanto se pisa e nós assim fizemos.
Foi muito divertido. Aprendemos que o sumo que saiu das uvas se chama mosto e é muito doce.
Com um instrumento chamado “Pesa Mosto”, vimos que tinha uma densidade de 1090, o que equivale a 12g de açúcar. Com este resultado e segundo a indicação do aparelho, o vinho depois de pronto ficaria com 12,5 graus de álcool.



É aqui que entram em acção os nossos amigos micróbios:
Quem irá transformar o mosto em vinho serão as leveduras das uvas. Estas vivem no pó branco que observámos na película que reveste o bago.

O “trabalho” destes microrganismos chama-se fermentação. Eles vão consumir o açúcar do mosto, produzindo álcool e um gás chamado anidrido carbónico que é tóxico.
A este propósito recordámos as notícias recentes da morte de três pessoas por terem o respirado quando faziam vinho numa sala sem ventilação.

Seguidamente, colocámos o mosto num recipiente transparente onde iremos observar o trabalho das leveduras durante os próximos dias.

Por fim, marcámos a altura a que o mosto chegava no recipiente e medimos a sua temperatura que era de 25 graus centígrados.


Estamos ansiosos por ver o que vai acontecer.
Depois contamos o que observarmos.

sábado, 19 de setembro de 2009

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Já cá estamos outra vez!

Agora andamos no 4º ano, mas continuamos com a mesma curiosidade e empenho nas coisas da Ciência e da Vida.
Este ano, escolhemos para as nossas Descobertas a Pasteurização.
Vamos aproveitar toda a preocupação com a Gripe A, para conhecer melhor o famoso H1N1 e o seu micro-mundo onde nem todos são os maus da fita.

Esperamos continuar a contar com a vossa companhia nesta nossa aventura.
Voltamos dentro de momentos com a apresentação do nosso grupo deste ano (há novos descobridores a bordo).

Até já!