Verificámos que muitos deles têm a ver com o fabrico do vinho.
Antes do nosso magusto, lemos os provérbios seleccionados, analisámos o seu significado e registámos tudo na nossa folha de trabalho.
Provérbio nº1 – “ Vindima em Outubro que S. Martinho to dirá”.
Significa que, iniciado o fabrico do vinho em Outubro, passado 1 mês será feita a sua primeira avaliação.
Provérbio nº2 – No Dia de S. Martinho, vai à adega e prova o teu vinho.
Significa o mesmo que o provérbio anterior.
Provérbio nº3 – “Pelo S. Martinho, lume, castanhas e vinho.”
Significa que o tempo arrefeceu. É a época das castanhas que custam a digerir e por isso, os adultos saudáveis podem acompanhá-las com vinho.
Provérbio nº 4 - “Por S. Martinho nem favas nem vinho”
Significa que, tal como não há favas no Outono, também ainda não se pode beber o vinho porque ainda não está pronto.
Provérbio nº 5 - No dia de S. Martinho, mata o teu porquinho e prova o teu vinho.
Significa que já está frio suficiente para conservar a carne e fazer o fumeiro.
Provérbio nº6 - Em Dia de S. Martinho, atesta e batoca o teu vinho.
Significa que a fermentação terminou, o vinho parou de “ferver” e, por isso, acaba-se de encher (atestar) a pipa com o mosto de reserva e rolha-se (abatoca-se) muito bem para não entrar ar.
Provérbio nº 7 - Quem bebe pelo S. Martinho faz de velho e de menino.
Significa que nesta época por vezes se bebe em excesso. Os ébrios têm dificuldade em andar, como um idoso, ou comportam-se irresponsavelmente, como uma criança pequena.
No final, concluímos que os provérbios que recolhemos parecem estar correctos.
Depois deste trabalho, surgiu-nos a questão:
De onde vêm os provérbios? Quem os inventou?
Individualmente e por escrito colocámos algumas hipóteses sobre a origem dos provérbios. Depois de as apresentarmos e debatermos, redigimos a seguinte conclusão:
Os provérbios nasceram da experiência de vida dos nossos antepassados. Sendo pequenas frases – algumas delas em rima – entram no ouvido e são fáceis de decorar. Assim, as gerações passadas aprenderam com a realidade a fazer as coisas correctamente e mesmo sem saberem ler nem escrever, conseguiram que esses conhecimentos chegassem até nós através da oralidade.
A professora contou que um dia, um cientista português de visita à Nasa viu um papel colado na parede que dizia:
"A Ciência é a capacidade de aprender com a experiência"
É isso que transmitem alguns dos nossos provérbios.
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