segunda-feira, 17 de maio de 2010

Mais micróbios cozinheiros

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No dia 12 de Maio realizámos mais uma actividade dedicada aos nossos amigos micróbios cozinheiros: fabricámos iogurte.
Para nos ajudar, utilizámos mais uma vez os materiais que estão no site da Ciência Viva e que foram preparados pelas já nossas conhecidas investigadoras.
Primeiro lemos um texto que nos fala sobre as
origens e propriedades deste alimento delicioso que todos gostamos de saborear.
Seguidamente, lemos a receita - da nossa amiga Margarida Guerreiro - para a preparação do iogurte, bem como algumas informações científicas sobre o que acontece durante esse processo.
O texto está muito engraçado e apresenta-nos a vaquinha Jóia. Vimos lá os ingredientes, material necessário e procedimentos.
Ficámos a saber que o iogurte natural serve de fermento porque contem duas bactérias lácticas (Streptococcus thermophilus e Lactobacillus Bulgaricus) que irão transformar o leite em iogurte. Isto acontece ao fim de algumas horas a uma temperatura de cerca de 40ºC, a temperatura a que as bactérias trabalham melhor. São elas que lhe dão o paladar especial e o tornam sólido.Também aprendemos que elas se alimentam do açúcar contido no leite, a lactose, e que produzem ácido láctico e outras substâncias que facilitam a digestão.
Depois de lermos os procedimentos e as informações dos textos surgiu uma questão que gostávamos de investigar:

O que é que vai transformar o leite em iogurte: as bactérias contidas no fermento (iogurte natural), ou a temperatura de 40ºC a que ele vai ficar durante 5 horas?
Então resolvemos fazer a seguinte experiência: juntar iogurte natural ao leite e colocar em 6 dos 7 copinhos da iogurteira (A); deixar o outro copinho (B) só com leite, sem fermento.


Antes de começarmos, cada um registou na sua folha o que achava que ia acontecer.Houve quatro tipos de opiniões:



- “Os copos que levaram fermento transformam-se em iogurte e o outro continua leite” – (11 alunos);
- “Todos se transformam em iogurte mas os que levaram fermento ficam mais consistentes e saborosos” – (5 alunos);
- “Os copos que levaram fermento transformam-se em iogurte e o outro vai ficar diferente e com mau sabor” – (2 alunos);

- “Os copos que levaram fermento transformam-se em iogurte e o outro não sei” – (1 aluno);
Foi assim a nossa experiência:
Ingredientes - 1 litro de leite gordo, 2 colheres de leite em pó, 1 iogurte natural.
Material - Taça, termómetro, colher de pau, iogurteira, medidas de capacidade.
Procedimento - Fervemos o leite, para matar todos os micróbios e deixámos arrefecer até 40ºC.
Acrescentámos um pouco de leite em pó para enriquecer a mistura.
Colocámos o leite gordo enriquecido com leite em pó no copo B.
Juntámos ao resto do leite enriquecido um iogurte natural, misturámos tudo muito bem e colocámos nos 6 copos A.
Fechámos todos os copos (A e B) dentro da iogurteira, ligámos à electricidade e deixámos repousar durante 5h.
Enquanto esperávamos, observámos e comparámos os rótulos dos diferentes tipos de leite e iogurte no que respeita aos seus constituintes.
Ao fim do dia, retirámos os copos da iogurteita e colocámo-los todos no frigorífico.
Passado um dia, fomos observar e registar o que se passou:

A- Copos que levaram fermento
B- Copo que não levou fermento

O conteúdo dos copos A ficou sólido, cheira e sabe a iogurte.
O conteúdo do copo B continua líquido, cheira e sabe a leite.

Conclusão - O iogurte natural (fermento) fez com que o leite se transformasse em iogurte. O leite do copo B, sem fermento, continuou na mesma.

Mas ainda ficámos com algumas dúvidas
para investigar mais tarde:
E se não tivéssemos iogurteira? Conseguiríamos fazer iogurte? Em que condições? Quanto tempo demorava?

Depois veio a parte mais saborosa!
Todos se deliciaram com o nosso cremoso iogurte caseiro misturado com morango e banana.
Não sobrou nada!



Agradecemos mais uma vez aos micróbios cozinheiros, desta vez as bactérias, este maravilhoso e saudável petisco.
Também agradecemos às nossas investigadoras e à Ciência Viva, os trabalhos que prepararam para nós.
E à Jóia, claro! Sem ela, nada feito!

MUITO OBRIGADO!

(Quem quiser continuar a investigar assunto e até, com a ajuda dos pais, construir a sua iogurteira artesanal, pode consultar os materiais do ciência viva, da autoria de Rui Durão, e depois contar aqui o que se passou. Força! Mãos à obra!)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Pasteurzinhos

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Durante o 2º Período pesquisámos informações sobre a vida e a obra de Louis Pasteur.
Seguidamente, elaborámos um guião com perguntas sobre os aspectos que achámos mais importante saber sobre esse assunto.
1- Como se chamava?
2- Onde e quando nasceu?
3- Onde e o que estudou?
4- Que actividades desenvolveu ao longo da vida?
5- Quais as suas descobertas mais importantes?
6- Como era a sua família?
7- Onde e quando faleceu?
8- Outros aspectos e curiosidades.
Depois, os grupos procuraram as respostas a essas perguntas n
os textos que tinham encontrado na Internet e nas enciclopédias. Sublinharam de diferentes cores, as partes que respondiam a cada pergunta, copiando-as para a folha do guião.
Finalmente redigiram um texto na 1ª pessoa do singular em que o nosso cientista contava a sua biografia e descobertas mais importantes.

Na semana do Carnaval, cada grupo escolheu um porta-voz que se mascarou de Pasteur e apresentou à turma a sua biografia.


“Bom dia meninos.
Chamo-me Louis Pasteur e vim apresentar-vos a história da minha vida.

Nasci em Dole, na parte oriental de França, a 27 de Dezembro de 1822.
O meu pai era sargento da armada Napoleónica.
Quando era jovem tive gosto pela pintura e fiz diversos retratos da minha família.
Iniciei os estudos no Colégio Royal em Besançon, passando para a Escola Normal Superior de Paris em 1843. Estudei Física, Química, Cristalografia e Biologia.
Ao longo da vida fui investigador e professor. Aos 41 anos já era considerado um Sábio.
Casei com Marienne Laurente, filha do reitor da Academia.
Realizei muitas descobertas importantes sobre os micróbios que observei ao microscópio, como por exemplo: quem é responsável pela fermentação, como se produzem as vacinas, como se pode melhorar a conservação dos alimentos, porque é importante a desinfecção dos instrumentos cirúrgicos, etc.
Fundei em 1888 o Instituto Pasteur, um dos mais famosos centros de pesquisa da actualidade.
Morri em Villeneuve- L’Etang, a 28 de Setembro de1895.
Espero que tenham gostado da minha conferencia e muito obrigado pela vossa atenção.”

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Pão nosso

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Experiência
Para vermos o trabalho das leveduras no fabrico da massa, resolvemos fazer a seguinte experiência:

Fazer pão colocando fermento de padeiro em apenas metade da massa para ver se há diferenças depois de cozido.

Imprimimos os materiais sobre o fabrico do pão que estão no site da Ciência Viva e seguimos as orientações das nossas amigas Magui e Mané:

Amassar bem os seguintes ingredientes: 100g de farinha de trigo sem fermento, 60ml de água, 1,5g de sal, 2g de levedura de padeiro (só em metade da massa).
Depois da massa pronta, colocámos as duas bolinhas junto ao aquecedor.
Ao fim de 30 minutos notava-se uma grande diferença entre elas no tamanho e no aspecto:
“A massa com fermento está muito maior, apresentando rachas na sua superfície;
A massa sem fermento não apresenta alterações.”
Seguidamente levámos ao forno os nossos pães durante 20 minutos. Ficou um cheirinho delicioso pela escola toda!
Depois de arrefecerem, a professora cortou-os ao meio e vimos logo que o aspecto não era o mesmo. A seguir distribuiu a cada aluno um pedacinho de cada um dos pães da experiência para que observasse bem as diferenças entre eles.

Conversámos sobre as impressões de cada um e registámos no quadro os resultados.
O que verificámos com esta experiência:
1- O pão que não levou fermento de padeiro não cresceu. Depois de cozido, vimos que a massa não tinha buraquinhos, tinha um aspecto parecido com queijo.
2- O pão que levou fermento de padeiro cresceu para o dobro. Depois de cozido vimos que a massa tinha muitos buraquinhos e um aspecto fofo.
3- O pão com fermento tem um cheirinho mais apetitoso.
4- O pão com fermento é mais saboroso.

Conclusão:
As leveduras fazem crescer a massa do pão, libertando bolhinhas no seu interior, dão-lhe mais aroma e melhoram o seu paladar.

Depois de fazer esta experiência e de ler parte dos textos das cientistas, percebemos que as leveduras fazem crescer a massa porque consomem o açúcar contido na farinha de trigo, libertando anidrido carbónico que torna a massa fofa.
Relacionámos estes acontecimentos com o que observámos no fabrico do vinho durante a fermentação das uvas. Ficámos a saber que se trata da mesma levedura e que o seu nome é Saccharomyces cerevisae e que

“PARA MICRÓBIO, É QUASE COMO O CÃO – A MELHOR AMIGA DO HOMEM”

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Micróbios cozinheiros

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Antes das férias de Natal, estivémos a falar sobre os doces tradicionais dessa época do ano. Todos conheciam o famoso Bolo-rei, as filhoses, as tortinhas de abóbora.
Pesquisámos na Internet algumas receitas e verificámos que em muitas delas era necessário esperar que a massa levede - uma palavra da família de levedura.
Calculámos que mais uma vez as nossas amigas deviam entrar em acção.

Adaptámos a letra de uma música de Natal e ficou muito engraçada:

Natal das Leveduras
(Jingle Bells )
Leveduras, leveduras
Vamos trabalhar,
Ponham já as mãos na massa
E toca a amassar.
Leveduras, leveduras
Vamos trabalhar,
Os micróbios cozinheiros
Não podem faltar.
Para o nosso Natal
Ser mais lambareiro
Tem que trabalhar
O fermento de padeiro.

Bolos e filhoses,
Tortas bem fofinhas
Vamos levedá-las
Com as nossas bolhinhas

A professora marcou o seguinte T.P.C. de férias de Natal:

Observar a confecção dos doces tradicionais;
Registar o nome dos doces em que é necessário esperar que a massa cresça, quanto tempo leva a levedar, que tipo de fermento se usa, em que condições a massa leveda melhor, outras curiosidades sobre este assunto.

De regresso às aulas, partilhámos as nossas observações sobre os doces de Natal:

Vimos que muitos dos doces levam fermento de padeiro, demoram algum tempo a levedar, a temperatura ambiente é importante nesse processo, as pessoas associam alguma "magia" ou intervenção divina a esse crescimento.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Luto

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Hoje perdemos a professora Manuela.
A tristeza invadiu os nossos corações e não há palavras que traduzam aquilo que sentimos neste momento.
O que aprendemos com ela vai acompanhar-nos o resto da vida.
Obrigada professora!
Até sempre querida amiga.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O 4º-N Esmiúça os provérbios de S. Martinho

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Para comemorar o Dia de S. Martinho, realizámos uma pesquisa de provérbios populares sobre esta quadra.
Verificámos que muitos deles têm a ver com o fabrico do vinho.
Antes do nosso magusto, lemos os provérbios seleccionados, analisámos o seu significado e registámos tudo na nossa folha de trabalho.

Provérbio nº1 – “ Vindima em Outubro que S. Martinho to dirá”.
Significa que, iniciado o fabrico do vinho em Outubro, passado 1 mês será feita a sua primeira avaliação.



Provérbio nº2 – No Dia de S. Martinho, vai à adega e prova o teu vinho.
Significa o mesmo que o provérbio anterior.

Provérbio nº3 – “Pelo S. Martinho, lume, castanhas e vinho.”
Significa que o tempo arrefeceu. É a época das castanhas que custam a digerir e por isso, os adultos saudáveis podem acompanhá-las com vinho.


Provérbio nº 4 - “Por S. Martinho nem favas nem vinho”
Significa que, tal como não há favas no Outono, também ainda não se pode beber o vinho porque ainda não está pronto.


Provérbio nº 5 - No dia de S. Martinho, mata o teu porquinho e prova o teu vinho.
Significa que já está frio suficiente para conservar a carne e fazer o fumeiro.


Provérbio nº6 - Em Dia de S. Martinho, atesta e batoca o teu vinho.
Significa que a fermentação terminou, o vinho parou de “ferver” e, por isso, acaba-se de encher (atestar) a pipa com o mosto de reserva e rolha-se (abatoca-se) muito bem para não entrar ar.


Provérbio nº 7
- Quem bebe pelo S. Martinho faz de velho e de menino.
Significa que nesta época por vezes se bebe em excesso. Os ébrios têm dificuldade em andar, como um idoso, ou comportam-se irresponsavelmente, como uma criança pequena.

No final, concluímos que os provérbios que recolhemos parecem estar correctos.

Depois deste trabalho, surgiu-nos a questão:
De onde vêm os provérbios? Quem os inventou?

Individualmente e por escrito colocámos algumas hipóteses sobre a origem dos provérbios. Depois de as apresentarmos e debatermos, redigimos a seguinte conclusão:

Os provérbios nasceram da experiência de vida dos nossos antepassados. Sendo pequenas frases – algumas delas em rima – entram no ouvido e são fáceis de decorar. Assim, as gerações passadas aprenderam com a realidade a fazer as coisas correctamente e mesmo sem saberem ler nem escrever, conseguiram que esses conhecimentos chegassem até nós através da oralidade.


A professora contou que um dia, um cientista português de visita à Nasa viu um papel colado na parede que dizia:

"A Ciência é a capacidade de aprender com a experiência"

É isso que transmitem alguns dos nossos provérbios.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Aula com a Drª Susana Montenegro

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No âmbito da preparação da Semana da Ciência, que terá lugar daqui a um mês, veio à nossa escola a Drª Susana Montenegro, Nutricionista do Centro de Saúde da Figueira da Foz falar sobre o álcool e os problemas que o seu consumo pode causar. Como temos andado a fazer vinho, esta aula veio mesmo a calhar.

Começou por esta apresentação:


Aprendemos que as bebidas alcoólicas podem ser feitas por fermentação ou por destilação. As bebidas destiladas contêm muito mais álcool e não têm vantagens para a nossa alimentação.

Também nos disse que as crianças e jovens com menos de 18 anos NÃO PODEM consumir nenhum tipo de bebida alcoólica.

O seu fígado não está preparado para isso e todo o seu corpo sofrerá as consequências, principalmente o cérebro que morre um pouco de cada vez que se bebe.

Os adultos que não podem ingerir álcool são as grávidas e alguns doentes.

Ficámos a saber que o consumo do vinho só tem vantagens se for feito com moderação.

A quantidade que se pode beber depende da estatura e peso da pessoa.

Se for homem ou mulher também faz diferença.

De um modo geral, um adulto saudável do sexo masculino, pode beber um copo de vinho ao almoço e outro ao jantar.

Se for do sexo feminino terá que ser meio copo a cada refeição.

O vinho tinto faz melhor que o branco, mas ambos devem sempre acompanhar a comida e ser bebidos aos poucos de cada vez.

Se estas normas não forem respeitadas o consumo do álcool será um grande problema para quem bebe mas também para a sua família e para a sociedade em geral: faz mal à saúde, provoca acidentes, crimes e outros prejuízos graves.
Aprendemos como nos devemos comportar em relação às bebidas alcoólicas e que conselhos dar lá em casa aos adultos que podem beber.

No final, a Dr.ª Susana deu-nos uma ficha de avaliação sobre o tema da aula.


Nos gostámos muito desta aula.
Para que se lembre sempre de nós, oferecemos à nossa nutricionista uma planta com uma flor cor de vinho.

Obrigado Dr.ª Susana!