quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O Lagar na Sala de Aula - III

4ª Observação
No Sábado, dia 11 de Outubro, viemos à escola medir o vinho com o pesa mosto. Deu uma densidade de 1015, por isso o vinho tinha que ser mudado para a nossa “pipa” – uma garrafa de plástico.

Observámos que a temperatura se mantinha nos 25º C e que a massa estava separada do líquido por uma camada de bolhinhas de ar.

Muda do vinho
Primeiro colocámos dentro da garrafa uma pitada de metabissulfito para que o vinho não se estrague.

Seguidamente, entornámos o líquido, com cuidado através de um coador e de um funil, para dentro da garrafa.

Depois, colocámos a massa na prensa e obtivemos mais algum líquido – vinho da repisa – e o bagaço – a massa espremida.


Num lagar a sério, poderia ser produzida aguardente a partir deste bagaço.

Por fim, rolhámos a garrafa. Da rolha sai um tubo que fica mergulhado em água num outro recipiente. Deste modo o anidrido carbónico pode continuar a sair sem que entre ar na garrafa.

5ª Observação
De regresso à semana de trabalho, os alunos que não assistiram à muda do vinho ouviram o relato e viram os registos de Sábado.
Aprendemos algum vocabulário respeitante ao fabrico do vinho como: pipa, dorna, lagar, cântaro, crivo, alambique, bagaço, repisa, funil, etc.


Vimos imagens de alguns destes objectos e identificámos neles sólidos geométricos que já tínhamos estudado: o funil é um cone, o lagar é um paralelepípedo, a prensa um cilindro…

Hoje, dia 14 de Outubro, registámos as seguintes observações da nossa produção de vinho:
Verificámos que se continuam a libertar bolhas de gás do tubo. Continua a fermentação. Na “pipa”, o líquido apresenta uma cor amarelada e opaca. No fundo do recipiente formou-se um depósito de pó fino que parece lama.
Para proteger o vinho da claridade, enrolámos a garrafa numa folha de cartolina preta.
O alexandre fez um cartaz pedindo às pessoas que não toquem nas garrafas para não turvar.

6 comentários:

disse...

Meus meninos, essa misturada deve cheirar um bocadito mal, não???!!!!
Tem um bocadito de mau aspecto também....
Mas, enfim, parece que já estão na recta final!!!

Agora, pergunto eu,o que é que vocês vão fazer ao vosso vinho, quando estiver pronto??? Concerteza que não o vão beber!!!!

Vou ficar à espera de novidades!

Aproveitem, trabalhem muito e divirtam-se!!!

Anónimo disse...

Olá!! Estou espantada e muito entusiasmada com a vossa experiência. Vou seguindo, passo a passo os resultados que vão obtendo e garanto-vos que também eu estou a aprender convosco.Um grande beijinho para todos e até breve,
Conceição Caleia

Micróbios à Solta disse...

Se calhar ninguém vai conseguir beber a nossa primeira produção...
Nós de certeza que não!
Para que não haja dúvidas, já convidámos a nutricionista do Centro de Saúde de S. Julião para nos falar dos efeitos do álcool no organismo, sobretudo no das crianças e jovens.
Foi muito simpática, aceitou e virá à nossa escola no dia 28 de Outubro dar uma aula sobre esse assunto.
Além disso já começámos a fazer uma lista dos malefícios e benefícios do vinho
Depois contamos o que aprendermos.
Beijinhos e MUITO OBRIGADO a todos pelas participações

Paulina Mata disse...

Estou a gostar e a aprender muito convosco. Tudo muito bem explicado e muito interessante.

Continuem! Eu fico ansiosamente à espera de ver o resultado final.

Micróbios à Solta disse...

Recebemos mais um valioso comentário da nossa equipa de assessoras de luxo.
Desta vez é da Prof Maria C. Loureiro Dias, do
Dep Botânica e Engenharia Biológica, do Instituto Superior de Agronomia.
Muito obrigada "Mané"!
Aqui fica:


"Olá meninos
Eu sou a Mané de quem a Margarida Guerreiro já vos falou.Também gosto de conversar com meninos...
É verdade que algumas leveduras vêm da vinha agarradas às uvas... Quando rebentamos as películas, as leveduras põem-se a fermentar o açúcar dos bagos e a multiplicarem-se. Eu gosto de pensar sobre qual será a vantagem que traz para as leveduras essa fermentação. Alguém quer adivinhar? É que quando as leveduras transformam o açúcar em etanol e dióxido de carbono, elas estão a retirar energia para elas, que lhes permite multiplicarem-se e manterem-se vivas no ambiente um bocado difícil que é o vinho.
Já agora vou deixar outra ideia para pensarem um bocadinho. As uvas são um alimento muito bom, muito docinhas, muito ricas em energia. Agora suponham que uma família tinha uma vinha, apanhava as uvas quando estivessem maduras e as guardava num cesto. É claro que passados uns dias as uvas apodreciam e lá se perdia esse belo alimento. Ora se a mesma família favorecer a vida das leveduras, promovendo a fermentação, as leveduras, muito simpáticas guardam um pouco dessa energia para elas e transformam as uvas em vinho. Fantástico! Agora podemos guardar o vinho e ele não se estraga! A família tem agora um alimento com quase a mesma riqueza que estava nas uvas. O dióxido de carbono perdeu-se, mas não faz falta nenhuma: a energia ficou quase toda no álcool! E lá ficaram no vinho todos os outros nutrientes das uvas. E o vinho não se estraga, porque não tem açúcar que é o alimento favorito dos micróbios malvados que estragam os alimentos. E estes malvados também não se dão bem na presença do álcool...
Já agora, para quem gosta de contas: as leveduras ficam com cerca de 5% da energia e deixam 95% no álcool do vinho.
Fazer vinho é divertido, cheira bem, aprende-se qualquer coisa... e conservam-se as uvas! E quando os meninos forem grandes vão ver como o vinho é bom!... Tem é de se beber poucochinho de cada vez, porque o álcool baralha a cabeça e as ideias...
Beijinhos para todos
da Mané"

Anónimo disse...

é muito interessante.

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